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Quem sou eu quando tudo for embora?

  • Foto do escritor: Paula Vaz
    Paula Vaz
  • 26 de mar. de 2021
  • 1 min de leitura

Atualizado: 19 de abr. de 2021

“Uma vida completa talvez seja aquela que termina em tal identificação

com o “não-eu” que não resta um “eu” para morrer.”

- Bernard Berenson


Andei pensando em como ao longo da nossa vida vamos nos agarrando, de forma inconsciente, a um tanto de rótulos, pessoas e coisas pra nos definir, nos identificar. Vamos construindo assim o nosso “eu”.


Mas aparentemente tudo que constrói esse “eu” é impermanente, e portanto apegar-se significa, mais cedo ou mais tarde, sofrer.


Aquele trabalho e posição de sucesso, o relacionamento dos sonhos, o grupo de amigos, o corpo perfeito, a juventude.


Quem sou eu quando tudo isso vai embora?


Longe de mim negar a importância do que nos constrói e fortalece. Mas me questiono: o quanto me misturo e portanto me confundo com toda essa informação? Quanto deposito num lugar externo, tudo aquilo que me cabe?


Li, reli, partilhei e reflito sobre a citação inicial: após tantos anos construindo camadas em torno desse falso/não eu, ando também investindo algum tempo na sua desidentificação.


Pra que quem sou não dependa das minhas posses, emprego, diplomas e pessoas que me cercam, mas sim de quem me construí além (e por causa!) de toda essa experiência e relações.


O que vou levar quando tudo (inclusive eu) for embora?



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